Estes dias li uma crônica da Martha Medeiros que falava que briga de amigos de verdade era exatamente como um cristal da melhor qualidade que havia sido rompido em vários pedacinhos. Não gostaria de concordar com ela, pois acredito que apenas para a morte não temos solução. Mas uma coisa é fato, se a vontade de reatar uma relação de amizade, de trabalho ou de amor não vier da alma, realmente os caquinhos não conseguem se agrupar e nada fica como era antes. Tu vais sempre olhar para aquele vaso e ver a colagem. Como sou positiva, eu tentaria virar a peça de uma maneira que meus olhos não enxergassem a emenda. Outra opção seria colocar no lixo o vaso. Também seria possível deixá-lo onde está cheio de cicatrizes e vê-lo como uma obra legítima que ninguém tem igual. Mas isso seria numa relação muito egoísta, quando apenas eu decidiria sobre o destino do vaso. Nas relações humanas sempre temos, no mínimo, duas partes envolvidas. Eu, mesmo não sendo perfeita e tendo inúmeros defeitos, ainda prefiro acreditar nos consertos. Basta a gente perdoar, acreditar que nada é por acaso e querer evoluir. Quando permitirmos que a nossa alma seja franca com nossos atos, teremos muito menos vasos quebrados em pedaços. Conserte suas ideias e veja que no seu acervo valem muito mais peças únicas do que relações falsificadas.
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